segunda-feira, 26 de julho de 2010




Das histórias que nós, humanos, criamos para explicar o Universo, a que eu mais gosto, com certeza, é aquela que diz que a existência é obra do acaso. Eu acho muito bonito imaginar que nada previa a existência daquela roseira orvalhada na manhãzinha ensolarada, e que assim, por obra de muitos e muitos anos de acontecimentos fortuitos, essa roseira esteja lá, em cores, perfumes e veludos. Parecida com aquelas histórias de amores que começam não se sabe de onde, com pessoas que jamais se veriam se não fosse o atraso do trem.

(Imagem: Rosa Meditativa, Salvador Dalí)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Criacionismo

Somos mesmo, os dois, desses deuses
De antes daquele deus do Verbo.
Não nos sabemos deus ou deusa,
Gente ou vento, Sol ou Lua.

Somos indistintos,
Em tudo (e no todo) nos confundimos.
Não existimos no tempo.
No caos, trocamos as mãos, os olhos...

E quando você me toca, cria o arrepio;
Quando eu te toco, crio o afago.

Quando você me olha, cria a calma,
E quando eu te olho, crio o fogo.